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A morte de Mário Soares vista pelos políticos moçambicanos

Leya

 

Mário Soares ficará para sempre na história de Moçambique como aquele que em 1974 assinou com o Presidente Samora Machel o Acordo Lusaka que viria abrir caminho para que Moçambique se tornasse independente, facto que sucedeu no dia 25 de Junho do ano seguinte (1975). Por esta e outras razões a sua morte não passou despercebida para o povo moçambicano.

 

Por exemplo, Filipe Nyusi, presidente da República de Moçambique, refere que a morte de Soares deixa um vazio difícil de preencher. Em mensagem tornada pública, Filipe Nyusi, escreveu que Mário Soares foi um dos que se juntaram ao povo moçambicano no culminar da luta pela Independência através da sua inestimável contribuição para a descolonização que permitiu a proclamação da independência total e completa de Moçambique.
No documento, o Chefe do Estado moçambicano refere que a sua contribuição na independência nacional, «fez com que Moçambique e Portugal tivessem, ainda hoje, estes laços históricos que nos unem em vários domínios, e cujo futuro está cimentado no mais profundo sentimento de amizade e irmandade.»

 

Por outro lado surge Afonso Dhlakama, presidente do maior partido da oposição moçambicana, referindo-se a Soares como um amigo do povo moçambicano. Para Dhlakama, o antigo Presidente português, «compreendia os problemas de Moçambique e procurava ajudar o país».

 

«Embora em termos ideológicos fosse socialista, era muito meu amigo, muito pessoal, ele e a esposa que faleceu ano passado», observou o líder da Renamo, recordando as acções humanitárias de Maria Barroso de distribuição de alimentos, nos períodos de maiores crises de fome em Moçambique.

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