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“Acordo de cavalheiros” pode tirar a liderança da CPLP a Portugal

Leya

 

A indicação da liderança da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa está nas mãos de Portugal, o cargo de secretario-executivo é o mais alto da CPLP e até o presente momento, ocupado por  Murade Isaac Miguigy Murargy, diplomata moçambicano. Como dita as regras, o novo líder terá um mandato de três anos renováveis.

 

Rumores de um suposto “acordo de cavalheiros” feito em 1996 parece criar condições para impossibilitar que Portugal indique a figura que vai ditar o futuro da organização nos próximos tempos. Segundo este “acordo de cavalheiros” o país que seja a sede da organização jamais poderia assumir a liderança. Portugal afirma desconhecer tal acordo e demonstra intenções claras de prosseguir  com a indicação do candidato na reunião ministerial dos chefes da diplomacia do organismo que vai decorrer em Lisboa a 17 de Março.

 

Além dos países africanos da língua portuguesa, o Brasil também é um dos países que subscreve a ideia de que  Portugal devia abdicar de ocupar o secretariado-executivo rotativo. Patrice Trovoada, Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe garantiu ao Téla Nón, que o país vai apresentar também um candidato para ocupar a liderança da organização, sustentando a atitude dado ao “acordo de cavalheiros” existente. Patrice Trovoada realça que “é uma candidatura para a CPLP, para enaltecer a nossa organização, e não se trata de uma candidatura contra um outro Estado” .

 

O primeiro-ministro cabo-verdiano também se pronunciou, frisando a existência do acordo, mas incentivando acima de tudo dialogo entre os intervenientes da organização. “A nossa perspetiva é que deve haver uma negociação entre as partes para chegarmos a um entendimento no quadro da CPLP, de modo a beneficiar a nossa organização” defendeu José Maria Neves em entrevista à Agência Lusa. A próxima cimeira da comunidade será no Brasil em Julho, onde será apresentada a nova visão estratégica da CPLP no quadro dos 20 anos da sua fundação.

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