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Eleições são a única saída para a crise na Guiné-Bissau, diz analista

Leya

 

Diante da crise política que a Guiné-Bissau enfrenta atualmente, há duas vertentes: a primeira acredita que a solução da crise política passa pelo diálogo e por compromissos entre os atores políticos, enquanto a segunda defende que somente eleições antecipadas poderá reverter a situação atual, mas poderá não ser suficiente.

 

Um dos defensores das eleições antecipadas é o analista Paulo Gorjão, que em entrevista à DW em Português, apontou que este poderia ser o cenário ideal para legitimar o poder do PAIGC, apontando que mesmo que a oposição forje agora um consenso, será frágil e debilitado. Gorjão destacou, contudo, que novas eleições não seriam garantia do fim da crise:

 

– Mesmo existindo eleições, não me parece que qualquer cenário de crise esteja afastado. Este sistema semi-presidencial na Guiné-Bissau é, ele próprio, uma fonte permanente de instabilidade – afirmou.

 

Para o analista, o presidente José Mário Vaz  extravazou os seus poderes na demissão e substituição do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.

 

Paulo Gorjão termina a entrevista reforçando ainda que esta crise política tem abalado toda a credibilização do país perante os doadores, que já tinham comprometido alocar verbas bastante significativas e o povo é que tem sentido na pele as consequências visíveis nos serviços públicos fracos de educação, saúde, administração pública. A sociedade civil defende que tem que haver compromisso político e cedência das partes.

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