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Em Moçambique, número de meninas com HIV é três vezes maior que o de rapazes

(Imagem: Reprodução belicosa)

O vice-secretário executivo do Conselho Nacional do Combate à Sida (Cncs) em Moçambique disse que a prevalência do HIV em meninas entre os 15 e 24 anos é o triplo em relação à dos rapazes na mesma idade.

Em entrevista à Rádio ONU, Diogo Milagre afirmou que um plano estratégico a ser submetido ao governo moçambicano “dá particular atenção sob ponto de vista de direções estratégicas a um investimento na rapariga e na jovem mulher”.

– Temos a taxa nacional ponderada de prevalência na ordem dos 11%, dos quais 13,1% está nas mulheres e 9,2% nos homens. Mas, se nós olharmos para a faixa etária dos 15 aos 24 anos vamos reparar que as mulheres têm três vezes mais prevalência comparativamente aos homens da mesma idade, o que significa que é aqui onde nós precisamos de investir – enfatizou Diego Milagre.

O responsável falava na sede das Nações Unidas, onde participou numa série de encontros sobre a mulher. Ele abordou também os fatores por detrás da fragilidade feminina.

– Essa vulnerabilidade é biológica por um lado mas é também social. A vulnerabilidade social tem a ver com todos estes desequilíbrios, as iniquidades de gênero, com contextos em que esta mulher é educada, o tratamento que ela recebe do parceiro. Temos ainda todo um conjunto de aspectos que incutem no homem esta propensão à demonstração da força, da virilidade e por aí fora. No caso de Moçambique, nós sempre falamos de uma epidemia feminilidade – explicou.

As redes sociais e o seu uso para mensagens para os jovens entre 15 e 24 anos são tidos como ferramenta educativa que permite expor a sexualidade e os seus perigos. Para ele, o importante é que a liberdade não interfira na saúde de outra pessoa.

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