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Esta semana Portugal vai ser o epicentro da crise política brasileira

Leya

 

Começou hoje e vai-se estender até quinta-feira o IV Seminário Luso-Brasileiro de Direito, um evento académico que, regra geral, passa ao lado da atenção mediática, mas que este ano está a atrair todos os focos, quer da imprensa portuguesa, quer da brasileira.

 

Porquê? Tudo porque o Seminário é organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), que tem entre os seus fundadores Gilmar Mendes, o Ministro do Supremo Tribunal Federal que inviabilizou a nomeação de Lula da Silva enquanto Ministro da Casa Civil.

 

Como se não bastasse, o encontro terá ainda como convidados o Senador Aécio Neves, o ex-governador paulista do PSDB José Serra e e o vice-Presidente do PMDB, Michel Temer, os principais promotores do impeachment da Presidente Dilma Rousseff.

 

A convocatória de tantos nomes ligados à oposição do governo Dilma gerou um clima de suspeição sobre os motivos reais da iniciativa, e causou desconforto nos convidados portugueses, casos de Marcelo Rebelo de Sousa, agora Presidente da República do país, Pedro Passos Coelho, antigo Primeiro-Ministro de Portugal e Paulo Portas, ex vice-Primeiro-Ministro de Portugal, todos eles políticos de direita.

 

Não querendo ser peões de uma guerra política que não é a sua, e que pode interferir nas relações bilaterais entre os dois países, Marcelo Rebelo de Sousa e Pedro Passos Coelho acabaram por cancelar a participação no evento alegando “motivos de agenda”.

 

Em cima da hora, também Michel Temer acabou por desistir de se deslocar a Portugal para estar presente no evento.

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