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As provas (como se fossem precisas) de que Star Wars é o maior gigante cinematográfico de sempre

Respire fundo. Mais um pouco. Só mais um pouco… em princípio já deve chegar (mas se não chegar continue). Sim, a espera está quase a chegar ao fim, o episódio VII da Guerra das Estrelas estreia hoje, quer dizer, estreia amanhã porque as primeiras sessões abertas ao público são à meia-noite, mas é tão perto que parece hoje, não parece?

 

A espera foi longa. Muito longa. Demasiado longa. Bem, talvez não tenha sido assim tão longa mas a antecipação fê-la com certeza ser mais dolorosa e os responsáveis pelo filme fizeram questão que o processo fosse assim, senão repare.

 

A 30 de outubro de 2012 a Disney comprou a Lucasfilm a George Lucas pela módica quantia de 4.05 mil milhões de dólares e juntamente com Imax anunciou que ia produzir a trilogia final da saga.

 

No dia 9 de novembro desse ano anunciam que Michael Arndt, já galardoado com um Óscar da Academia por Little Miss Sunshine, ou Pequena Miss Sunhine na versão portuguesa (quem raio traduz estas coisas?!?), ia ser responsável pelo guião, mas apenas em janeiro de 2013 anunciam quem vai realizar o filme.

 

A escolha recaiu sobre J.J. Abrams para grande desgosto de alguns fãs mais hardcore da série, insatisfeitos porque o norte-americano já realizou dois filmes da saga Star Trek, grande rival da Guerra das Estrelas na disputa de fãs de ficção científica (gostar de ambas é o equivalente intergaláctico a gostar-se da Seleção brasileira e da argentina, ou da portuguesa e da francesa, ou qualquer outra coisa à sua escolha que não faça qualquer sentido).

 

 

No dia 27 de julho é anunciado o primeiro “regresso” e um dos mais aguardados. John Williams ia compor a banda sonora do novo filme e a 24 de outubro o segundo regresso, desta vez de Lawrence Kasdan, o guionista do Império Contra-Ataca, quase consensualmente o melhor filme da Guerra das Estrelas, ia participar na escrita do guião directamente com J.J. Abrams, seguindo um draft inicial de Arndt, que abandonou o projeto de vez.

 

A 3 de dezembro de 2013 começa uma das maiores campanhas de sempre de marketing a nível global, com o lançamento da conta oficial de instagram do filme. Sendo a primeira publicação, nada mais, nada menos que uma selfie de Darth Vader.

selfie darth vader
(Imagem: Reprodução The Wrap)

 

Em Abril de 2014, no Festival de Cinema de Tribeca, Alan Horn, um dos diretores executivos da Disney fez saber que em breve se conheceria elenco completo do filme e dias mais tarde este foi finamente revelado. O anúncio dos atores contratados deu a antever que a Disney estava a fazer as coisas bem feitas, quase todo o elenco original tinha sido recrutado.

(Imagem: Reprodução Elenco)
(Imagem: Reprodução The Wrap)

 

Depois disso a coisa foi escalando de forma ainda mais gradual. Primeiro saíram os teasers…

 

 

… depois os cartazes…

cartaz 2 cartaz 3 cartaz 4 cartaz 5 cartaz

… e finalmente numa bela segunda-feira de outubro deste ano, durante um intervalo de um jogo da NFL (a liga norte-americana de futebol americano) isto aconteceu

 

 

E foi tão, mas tão incrível, que gerou as reações mais inesperadas, até naqueles que já não se deveriam surpreender, como sejam Daisy Ridley e John Boyega, ou Rey e Finn, como preferirem, duas das novas personagens que, aparentemente, serão os novos protagonistas desta série de filmes.

 

 

Digo “aparentemente” porque são eles o segundo maior destaque, quer dos trailers revelados, quer do cartaz oficial do filme. E o que chama mais à atenção do que quem surge no centro de um cartaz? Bem, a resposta a isso é simples, é o que não está lá e deveria estar, as personagens em falta, com Luke Skywalker à cabeça e Maz Kanata a personagem interpretada por Lupita Nyong’o em seguida.

 

É sabido que Mark Hammil faz parte do elenco e que interpreta o papel de Luke Skywalker 30 anos mais velho mas então… onde está ele? Onde? A sua ausência foi tema de grande debate na internet (gerou o hashtag #whereisLuke), onde, como sempre nestas coisas, surgiram teorias e conspirações para todos os gostos. Mesmo para todos os gostos. Se a Força é tão grande em si que não tem medo de eventuais spoilers (digo eventuais porque à data em que isto foi escrito, não havia como saber o que quer que fosse) aventure-se em ler AQUI algumas das melhores.

 

A Luz sobre estas questões foi levantada embora de forma ténue por um teaser e um spot televisivo. Um teaser narrado por Lupita e o spot televisivo narrado por Mark Hammil, dão a entender quer os papeis das suas personagens e dão a adivinhar parte da histórias dos dois novos protagonistas. E mais não digo porque prometi que não dava spoilers, basta visualizar o que está aqui em causa, afinal de conta como se diz em Tatooine “para bom Jedi meio uso da Força basta”.

 

 

O resultado de tanta expectativa, promoção e jogo do esconde-esconde feito pela Disney a vários níveis, bem como, possivelmente, da estratégia de marketing e merchandising mais bem montada de sempre no que a cinema diz respeito sente-se no ar, mas é melhor quantificável em números: o episódio VII não se limitou a superar os recordes de pré-venda de bilhetes, fê-los em picadinho! Só nos Estados Unidos o filme já fez mais de 100 milhões de dólares em bilhetes pré-vendidos, segundo informações das cadeias de cinema, uma vez que a Disney se recusa a divulgar qualquer número.

 

Para ter uma noção da margem de diferença dou-lhe estas comparações rápidas. O anterior recorde de valor obtido em pré-venda de bilhetes pertencia ao último filme da saga Batman de Christopher Nolan, The Dark Night Rises (Batman: O Cavaleiro das Trevas Renasce, na versão portuguesa. Menos mal) com 25 milhões de dólares, quatro vezes menos. Foi tão bom (ou tão mau, conforme preferir que eu não sou esquisito) que na noite em que saiu o trailer oficial e começou a pré-venda mundial todos os sites norte-americanos de venda de bilhetes foram abaixo. Os servidores não conseguiram lidar com tanta procura imediata.

 

O próximo marco a atingir é superar os 208,8 milhões de dólares feitos pelo último filme da saga Jurassic Park, Jurassic World (O Mundo Jurrásico) alcançado em junho deste ano no fim-de-semana de estreia, mas as previsões são de que chegue com facilidade aos 250 milhões e talvez atinja até os 300 milhões em igual período de tempo.

 

Com números iniciais destes a expectativa para o futuro são, no mínimo, brilhantes, até porque o número de pessoas que vai aos cinemas aumenta significativamente semana entre o Natal e o fim do ano. É crível que se torne o maior sucesso de bilheteira de sempre e que ponha a fasquia para filmes futuros bem alta. Tão alta que talvez só os episódios VIII e IX consigam lá chegar. Os olhos estão postos em Avatar e no seu recorde de 2.788 milhões de dólares que já data de 2009.

 

spoilers

Se sentir necessidade de recorrer à Força para evitar estar em contacto com todo o tipo de spoilers que com toda a certeza invadirão a internet, então também lhe dou uma ajuda. O Google Chrome criou uma extensão que funciona como spoiler blocker e que o avisa quanto está prestes a entrar num site que contém informações sobre o filme. Bastante útil, hein? Pode instala-lo AQUI.

spoilers 2

 

Uma coisa é certa, o universo Star Wars invadiu tudo (olhe 2 minutos em seu redor, se não vir algo relacionado com a Guerra das Estrelas, veja se não está na hora de sair da gruta onde se refugiou, para apanhar ar fresco) e veio para ficar, pelo menos até ao fim desta nova trilogia, ainda sem data agendada, mas nunca antes de 2019 (e já com spin offs previstos de filmes sobre Hans Solo e o Mestre Yoda).

 

Até lá, mais vale deixarmo-nos levar na onda e aproveitar o que de melhor ela tem para nos dar, como por exemplo, o jogo Lightsaber Escape onde tentamos evitar Stormtroopers (como se de spoilers se tratassem) recorrendo à preciosa ajuda do nosso sabre de luz controlado por telemóvel. É simples e bastante divertido, leia AQUI as instruções e embarque na aventura, enquanto faz tempo até que chegue a hora da sua sessão no cinema.

 

Que a Força esteja consigo.

 

Leya

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