BrasilOpiniãoPolítica

“Nice to be dead”

Leya

 

Suas ideias não correspondem aos fatos” e seu discurso não condiz com seus atos.

 

Quando pensamos que há um estilhaço de hombridade surgindo dentro daquele pardieiro de engravatados que se julgam representantes do povo, somos surpreendidos, em menos de 24 horas após a posse do presidente interino, com uma avalanche de comerciais de TV em horário nobre, a um custo altíssimo para o bolso do povo brasileiro. Comerciais partidários que mais parecem uma mistura de propaganda de margarina que “faz bem” ao coração, com trilha sonora suave como a dos bancos e sorrisos brancos como as de creme dental.

 

Será que o publicitário é da mesma escola que joão santana*? O pronunciamento engasgado de michel temer* tentou transmitir segurança, firmeza e honestidade. Parabéns, isso não é difícil para a classe, são anos de escola. Mas, na sequência enfiam essa porcariada goela abaixo. É certo que pensam que o povo engole mais essa. Legal é que o comercial conclama o povo a dar o sangue, a trabalhar mais duro para ajudar o país a vencer a crise. Olha aí, eles compram fiado e pedem para pagarmos a conta.

 

Esse fiado estamos acostumados a pagar, não sabemos até quando, mas bola pra frente, que o foco agora é o momento histórico. Sim, isso é histórico, mas uma história de tristeza, e uma tristeza não se apaga assim tão facilmente, seu efeito é um lastro na vida de todos. O problema é a força desse lastro e até quando durará. O momento exige um administrador competente e frio. E a coisa não será como nas propagandas com família feliz, saudável e sorridente, será bem diferente disso.

 

A pergunta que devemos fazer é: por que insistem em tentar iludir a população? Para promover a paz? A ordem? Talvez seja isto que encaminha o país para lugar nenhum – que é para onde está indo. É como o sistema educacional. Enquanto for verticalizado, onde professores despejam conhecimento sem que haja a construção do aprendizado, não haverá crítica, quanto menos, questionamento. Questionar o quê, se não se sabe o que questionar?

 

Na verdade a ilusão que tenta-se vender ao povo é de que tudo está ou ficará bem. “Vejam, nós estamos cuidando de vocês, estamos cuidando disso, não se preocupem! Sorriam e continuem trabalhando”.

 

Isto está errado. Onde estão os planos que visam promover reais condições de ascensão intelectual do país e de seus cidadãos? Nestas propagandas é que não estão.

 

Espero, sinceramente, que haja em breve, alguma coisa nesse sentido, caso contrário o lastro poderá ficar ainda maior e mais intenso, e se assim for… it’s nice to be dead.

 

* Desrespeitei a ortografia nas maiúsculas no inicio de nomes próprios por protesto. Se não nos respeitam, não merecem respeito.

Sem comentários

Deixe-nos a sua opinião

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.