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O que se come no Natal da lusofonia

25 de dezembro. A segunda data mais universal do mundo, perdendo apenas para o 1 de janeiro. Hoje um pouco por todo o mundo celebra-se o Natal, um feriado tão transversal e universal, que a sua comemoração acaba por atravessar a própria barreira da religião. A lusofonia não é excepção, embora as tradições variem de país para país, há uma que é comum a todos, ontem e hoje lusófonos de toda a parte juntam-se e celebram a família.

 

 

Portugal tem por esta altura algo que mais nenhum outro país do Lusofonia tem: frio! Sendo o país da lusofonia mais a norte no globo, em Portugal neste momento está-se à beira do inverno e as temperaturas baixas fazem-se sentir. Manda a tradição que as famílias se juntem e na noite de 24 para 25 comam bacalhau cozido (embora as gerações mais novas prefiram variações do dito prato) e se troquem presentes à meia-noite. Ao almoço do dia de Natal o peru é o rei da festa. A doçaria tradicional da época também é variada com destaque para os sonhos, as rabanas, e claro, o bolo-rei.

 

 

O Brasil também tem algo que mais nenhum país da Lusofonia tem, ou melhor, a originalidade da sua designação, falo obviamente do “Papai Noel”, o correspondente ao Pai Natal em todos os outros países que têm o português enquanto língua. Na ceia brasileira também o peru é o prato principal, mas é acompanhado de muitos outros assados. Outros alimentos tradicionais que não podem faltam numa mesa de Natal são o tender, as frutas secas, as nozes, as castanhas e o panetone.

 

 

Em Timor-Leste, devido aos muitos anos de ocupação indonésia o Natal ainda está a dar os primeiros passos. Sendo a Indonésia o maior país muçulmano do mundo e estando a Igreja Católica bastante associada ao movimento de libertação do território, a celebração da data durante muitos anos foi pouco aconselhável, mas ainda assim certas tradições mantiveram-se até aos dias de hoje. A ceia é enriquecida com vegetais como ketupa e algumas iguarias caseiras como sagu e kué rambu.

 

 

O Natal nos países africanos de língua oficial portuguesa, assemelha-se muito ao Natal português, uma vez que foram estes quem para lá levou a celebração, mas, ainda assim, cada país apropriou-se da data e criou as suas tradições próprias. Durante a consoada em Angola bebe-se Quiçângua, Caporroto e Kimbombo, bebidas tradicionais e caseiras feitas à base de cereais e, para além do peru tradicional, confecionam pratos à base de mandioca. Em Cabo Verde alternam entre o peru e o cabrito assado durante a ceia, comem doce de coco, pastéis de milho e bebem grogue e ponche. Em Moçambique o pão-de-ló substitui o bolo-rei e o caju, fruto que condiz com a temperatura do país nesta altura do ano, substitui a castanha assada.

 

 

Na Guiné-Bissau na consoada servem-se pratos típicos como o caldo de chabéu ou o caldo branco e em São Tomé e Principe à ceia serve-se calulu, blá-blá, lussua, jogo, quizacá, azagoa, izaquente, búzio de mato acompanhado com quixibá cu fruta (banana com fruta), molho no fogo e moqueca.

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