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Portugal quer inaugurar a Casa José Saramago na próxima edição da Flip

Leya

 

Portugal vai ter uma embaixada literária na próxima edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) dedicada a promover autores portugueses no Brasil. A ideia de ter uma casa portuguesa surgiu após a visita de uma comitiva de agentes culturais do país a Paraty este ano, ganhou força nas conversas de bastidores durante o Festival Literário Internacional de Óbidos (Folio) e já tem apoios institucionais para ser viabilizada em 2017.

 

A criação da “Casa José Saramago” é uma certeza no que depender dos que já manifestaram algum apoio à ideia do editor Paulo Ferreira, como a Casa Fernando Pessoa, o governo de Portugal e a fundação que leva o nome do escritor, presidida pela jornalista Pilar del Río. Neste momento o desafio dos idealizadores é conseguir o financiamento necessário, estimado em 100 mil euros, para cobrir os custos do projeto.

 

– Estamos trabalhando para que em 2017, na Flip, haja um espaço para a literatura portuguesa. Já há até a sugestão de um nome, ‘Casa José Saramago’, ideia que não partiu da fundação, mas que aceitamos com prazer – conta Pilar. Ela sugere que a exposição “O Lagarto”, que reúne as xilogravuras do artista pernambucano J. Borges feitas para o livro editado a partir do conto de mesmo nome escrito por Saramago na década de 70, “resultado do feliz encontro entre dois geniais Josés, será uma ótima maneira de inaugurar o espaço português”.

 

O editor Paulo Ferreira foi quem lançou a ideia ainda em julho, pouco depois de voltar da Flip, em um evento na Fundação José Saramago e é o principal defensor que a casa tenha o nome do Nobel de Literatura. “Ter o nome de Saramago associado é uma honra e um privilégio para nós tendo em conta todo o sucesso que ele faz no Brasil e por ser o nosso Nobel”, diz.

 

– A ideia é fazer uma casa que reflita não só a obra de José Saramago, mas também a literatura portuguesa como um todo, olhando para os autores clássicos e também para os contemporâneos que estão sendo publicados no Brasil – diz Ferreira.

 

Ele carrega a experiência da organização da presença de Portugal na Feira do Livro de Bogotá em 2013 e está confiante que o projeto terá os apoios necessários.

 

– Vamos tentar que seja já neste ano, mas a nossa ideia é mantermos a casa nas próximas duas edições para que depois isso ganhe pernas e seja uma realidade ano após ano – explica.

 

Além de entidades como a Fundação José Saramago, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também já mostrou simpatia pela ideia durante o Festival Literário Internacional de Óbidos, que acontece dentro das muralhas da vila medieval situada a 80 km de Lisboa pelo segundo ano. “

 

– É uma boa ideia. Vamos ver se tem pernas para andar – disse o presidente português.

 

A manifestação de apoio do presidente agradou a Paulo Ferreira.

 

– Estou convencido que o professor Marcelo será um dos grandes impulsionadores desse projeto – disse.

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