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Refugiados moçambicanos no Malawi queixam-se de abusos

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Moçambique vive uma grave crise político-militar desde as últimas eleições gerais realizadas no país em Outubro de 2014. A presente crise em que o país se encontra mergulhado abre espaço para a ocorrência de várias atrocidades protagonizadas pelas partes envolvidas. Estes factos foram constatados no último relatório da Human Rights Watch, que acusa o exército de execuções sumárias, abusos sexuais e maus-tratos.

 

A situação, segundo o relatório da Organização, está a resultar numa fuga em massa de moçambicanos para o Malawi, para onde pelo menos seis mil pessoas já fugiram, a maior parte delas da província de Tete, a maior cidade moçambicana e um reduto da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana).

 

O relatório avança que fogem, na maioria mulheres e crianças, refugiam-se no Malawi, na África Oriental, mas, segundo a Human Rights Watch, o local está a ficar sobrelotado.

 

O próprio Governo já assumiu a existência de moçambicanos no Malawi na condição de refugiados. Contudo, refuta a opção de que estes estejam lá devido aos abusos das forças governamentais.

 

Ademais, o Governo de Moçambique defende a posição de que nem todos devem ser chamados refugiados, pois há infiltrados nesses grupos, bem como existem deslocados. O Governo insiste na possibilidade de que a população fugitiva sente-se ameaçada pelos ataques armados do maior partido da oposição (Renamo) e não o contrário.

 

Enquanto as duas partes (Governo e Renamo) trocam acusações, o Governo de Malawi, através da Comissão das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) já ampliou o espaço para acolher mais refugiados e necessita de condições financeiras e logísticas para o sustento destas pessoas.

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