Sociedade

Site brasileiro ajuda a escolher nomes de crianças

Uma compilação de dados realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e disponibilizada online permite que se saiba a quantidade de pessoas que têm o mesmo nome no Brasil. A ferramenta, baseada no censo nacional, tem ajudado pais a escolherem nomes de crianças que sejam diferentes ou mais adequados aos filhos que chegam agora ao mundo. Além disso, o site também pode ser um curioso passatempo!

Os nomes

Segundo o último censo nacional, os nomes mais comuns são de origem cristã e bíblica. São 11.734.129 Marias no país, por exemplo. O Brasil tem mais Marias do que Portugal tem habitantes. Os quatro nomes mais comuns para homens são José, João, Antonio e Francisco; os quatro mais comuns entre as mulheres, além de Maria, são Ana, Antonia e Francisca.

 

Nomes indígenas como Jaci, Jacira, Iracema, Ubirajara, Araci e Moacir tiveram seu ápice na década de 1950. Logo depois, houve um aumento de nomes internacionais. Os nomes indígenas voltaram com força na década de 1990 com Cauê, Caique, Iara, Janaína e Maiara.

 

Foram mais de 130 mil nomes registrados, desde tradicionais Pedro, Joaquim e Leonor, até Shayenne, Adailson, Adelzon, Julcinéia e Juscélia. Entre os nomes estrangeiros, há estadunidenses como Washington e William; franceses como Francine, Pierre e Jean; alemães como Klaus e Franz e japoneses como Akemi, Yuri e Mitiko.

Impacto da mídia

Por meio da ferramenta é possível brincar ao fazer relações entre nomes escolhidos e fatores culturais do momento. Por exemplo, o nome Elvis começou a ser usado no Brasil em fins da década de 1950 e atingiu o ápice na década de 1980, quando houve a maior taxa de brasileiros com esse nome. O número, após 1980 está em franco decréscimo. O cantor e grande ídolo internacional Elvis Presley, que provavelmente ditou esta tendência, começou a fazer sucesso em 1954 e faleceu em 1977.

 

Quando o assunto é “artistas estrangeiros”, é preciso ser criativo para entender a lógica brasileira. Na década de 1950, Marilyn Monroe fazia sucesso e seu nome passou a ser atribuído às crianças. Mas, além da grafia original, houve também desde então o aumento (e surgimento) de crianças chamadas Merilin, Merelin, Merelyn, Merilim, Merilyn, Merlim, Merlin, Merlyn, Merylin e Merolin.

 

Da mesma forma que aconteceu com Elvis, a mídia interferiu nos anos 2000. O nome Cauã, por exemplo, teve um ápice no início do milênio – quando ficou famoso o ator Cauã Reymond – e Gabriela só vem a subir desde 1970 – época da estreia da novela de mesmo nome, com Sônia Braga. O nome Roberto ascendeu com a carreira do romântico cantor Roberto Carlos: cerca de 23 mil em 1940, 57 mil em 1950 e 105 mil em 1960, quando junto a outros artistas fundou o movimento conhecido como Jovem Guarda.

 

Ficou curioso para saber como seu nome está no Brasil e inclusive ver gráficos e comparações? Então basta pesquisá-lo no site do projeto Nomes do Brasil.

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