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Térmicas garantem estabilidade energética em Luanda

Enquanto não houver energia elétrica limpa – como  a produzida por hidrelétricas e eólicas – estável, a produção de energia por meio de usinas térmicas, consideradas altamente poluentes, terá de ser mantida. No entanto, a ideia é que a energia térmica sirva apenas de apoio em caso de falha em outras matrizes de produção de energia, garantindo o abastecimento ininterrupto da região de Luanda, capital de Angola.

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Turbinas termoelétricas no município de Talatona, em Angola (Imagem: Reprodução Paulo Mulaza)

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O governo angolano vem desenvolvendo estratégias e parcerias – inclusive com o Reino Unido – para o desenvolvimento de matriz energética limpa para, a médio e longo prazo, deixar de lado medidas poluentes de produção.  O alto custo relacionado às usinas térmicas – tecnologia e algumas peças são importadas e o próprio calor desgasta os equipamentos mais rapidamente – também é um fator negativo deste tipo de produção. Mas, por enquanto, o custo de manutenção e elevado consumo de gasóleo compensam o fato de haver garantia de abastecimento da capital, que concentra população (em torno de 7 milhões de pessoas) e indústrias – com destaque para a região de Viana, onde está a Zona Econômica Especial (ZEE).

 

Em entrevista ao jornal de Angola, o engenheiro Antonio Correia, da Empresa Pública de Produção de Eletricidade (PRODEL), reforça que as térmicas só funcionam em caso de uma falha de máquina ou falha de transporte da energia produzida em Laúca, Cambambe ou Capanda. Segundo ele, é preciso mantê-las por haver constantes atos de vandalismo e fatores naturais como tempestades – que afetam fios de alta-tensão – e secas, que levam a crises hídricas que impactam nas hidroelétricas.

 

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