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Estudo genético revela que todos os europeus eram negros

(Imagem: Reprodução HHMI News)

 

Há 14 mil anos, os europeus eram negros e tinham olhos azuis. É esta a conclusão de um estudo que foi publicado na Revista Nature, que analisou o ADN (DNA) de 51 euroasiáticos (uma amostra dez vezes superior à de qualquer estudo anterior). Segundo os resultados da pesquisa, os primeiros indivíduos de tez clara só surgiram na Europa há 13 mil anos, muito, muito tempo depois de os primeiros Homo sapiens terem chegado ao continente. Ou seja: durante a maior parte da sua história, os europeus foram negros.

 

A investigação, que abre-nos uma porta única para o conhecimento do passado, abrange grande parte do Paleolítico Superior, desde há 45 mil anos atrás, e é considerada o maior estudo genético de europeus da pré-história. Esta viagem à evolução da espécie humana foi conduzida por uma equipa de investigadores, liderada pelo geneticista David Reich, da Universidade de Harvard.

 

Considerando que o histórico da impressão genética dos primeiros Homo sapiens que chegaram ao continente europeu há 45 mil anos desapareceu das populações atuais, um recuo temporal permite encontrar as primeiras relações genéticas entre o europeu moderno e os seus ancestrais.

Representação de um neandertal europeu (Imagem: Divulgação Universidade de Edimburgo)

Segundo Manuel González Morales, coautor da investigação citado pelo El País Brasil, a pele clara não se consolidou assim que surgiu entre os europeus e dependeu da chegada de agricultores do Oriente Médio para predominar entre as outras espécies.

 

Outra descoberta importante do estudo diz respeito à porcentagem de DNA que carregamos dos neandertais, espécie que precedeu o humano moderno (Homo sapiens): hoje, nosso DNA é apenas 2% semelhante ao dos neandertais.

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