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Moçambique em alerta vermelho devido à seca

(Imagem: Reprodução Ambiente Magazine)

 

Moçambique vive dias amargos devido à seca que assola o país, concretamente nas zonas sul e centro. A actual situação é justificada com a passagem do fenómeno El Niño que afecta toda a região Austral de África, tendo o Malawi já decretado situação de catástrofe natural e emitido um pedido de apoio internacional.

 

Para fazer face a este fenómeno, o governo moçambicano precisa de US$ 180 milhões para os próximos 12 meses, numa ajuda que se prevê para 320 mil agricultores. A aplicação deste valor dever ser imediata em alimentos, água e saneamento e apoio à agricultura e pecuária. Recentemente, o governo moçambicano declarou um alerta vermelho institucional para as áreas centro e sul do país num período de 90 dias.

 

O porta-voz do conselho de Ministros, Mouzinho Saíde,  afirmou que a medida surge após os resultados apresentados pelo secretariado técnico de segurança alimentar e nutricional:

 

– Foi reportado que estão em situação de insegurança alimentar, 1.493.928 pessoas nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Manica, Zambézia e Tete.

 

O que é o El niño?

O El Niño é um fenómeno climático, de carácter atmosférico-oceânico, em que ocorre o aquecimento fora do normal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial.

 

– Os ventos sopram com menos força na região central do Oceano Pacífico;

– Acúmulo de águas mais quentes do que o normal na costa oeste da América do Sul;

– Diminuição na quantidade de peixes na região central e sul do Oceano Pacífico e na costa oeste dos Canadá e Estados Unidos;

– Intensificação da seca no nordeste brasileiro;

– Aumento do índice de chuvas na costa oeste da América do Sul;

– Aumento das tempestades tropicais na região central do Oceano Pacífico;

– Secas na região da Indonésia, Índia e costa leste da Austrália;

– Muitos climatologistas acreditam que o El Niño possa estar relacionado com o inverno mais quente na região central dos Estados Unidos, secas na África e verões mais quentes na Europa. Estes efeitos ainda estão em processo de estudos.

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