Conexão Lusófona

Veja a evolução de Portugal desde a adesão à União Europeia

(Imagem: Reprodução Wallpapers Castle)

“Três Década de Portugal Europeu: Balanço e perspetivas” é o nome do estudo coordenado pelo economista Augusto Mateus, a pedido da Fundação Francisco Manuel dos Santos que irá ser apresentado hoje. Este documento mostra “25 anos de Portugal Europeu” com a evolução de 2011 até 2013 e o impacto que a Troika teve em Portugal nos primeiros anos, cobrindo assim todos os ciclos de programação de fundos comunitários desde a entrada de Portugal na Comunidade Económica Europeia (CEE) (1989-1993, 1994-1999, 2000-2006 e 2007-2013).

Na visão europeia atual, Portugal está no segundo patamar da convergência composto por países com um nível de vida 20 a 30% abaixo do padrão europeu, seguido da Eslovénia, da República Checa, da Eslováquia, da Lituânia, da Grécia e da Estónia, indicando o relatório que desde 1999, Portugal apenas aproximou-se da média europeia nos anos de 2005 e 2009.

– Portugal Europeu passou de uma rota de convergência, concentrada nos anos seguintes à adesão à CEE e na segunda metade da década de 90 e mais intensa em termos de consumo das famílias, para um processo de visível divergência – consta no relatório.

Entre os anos de 2010 e 2013, o PIB português caiu 7% face ao padrão europeu e a qualidade de vida das famílias regrediu o equivalente a 20 anos, demonstrando assim a crise económica que afeta o país, a aceleração do processo da globalização, o alargamento dos países na União Europeia a Leste e a aplicação do programa de resgate financeiro.

Segundo o relatório, nesse mesmo período, Portugal registou um aumento elevado da fiscalidade, na ordem de 11%. O crescimento das receitas do Estado veio de impostos diretos como o IRS, o que levou a um aumento de mais de 30% entre impostos e contribuições sociais, contabilizando assim um PIB nacional de 60 mil milhões de euros.

Os pontos positivos no estudo remetem-se para as exportações realizadas, que tiveram sua participação no PIB aumentada dos 25% para os 41% durante os “25 anos de Portugal Europeu” e para as importações que cresceram de 27% para 39%.
2013 foi o primeiro ano em que o saldo comercial português obteve valores positivos, destacando-se pelas exportações de serviços: “se, em 1986, valiam um quarto das exportações nacionais, em 2013 já representavam cerca de um terço.”

A economia em Portugal ficou também marcada nos últimos anos pela perda de importância das indústrias, pela queda no setor primário (agricultura e pecuária) que registou um “declínio nos últimos 28 anos” passando a contribuir apenas com 2% para os cofres nacionais.

O turismo é sem dúvida a forte aposta em Portugal, representando em 2013 16% do PIB, 18% do emprego e 13% das exportações. Assim o país é o sexto Estado-membro em que o setor turístico mais pesa no PIB, o quinto em empregabilidade e o quarto em quantidade de exportações.

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