Crianças são as principais vítimas da crise nos hospitais angolanos

A crise nos hospitais públicos em Angola atingiu proporções alarmantes nos últimos dias: a falta de material médico básico e medicamentos está causando uma elevação na taxa de mortalidade nos hospitais, principalmente de crianças, vítimas de patologias diversas.
Entre as causas destacam-se a malária, a febre amarela, a falta de medicamentos e outras necessidades básicas para o funcionamento normal de um hospital.
Segundo a RFI, a crise econômica agravou o já deficiente sistema nacional de saúde. No Hospital Pediátrico David Bernardino (HDB), em Luanda, o maior do país, morrem em média 30 crianças por dia.
Em entrevista ao portal Rede Angola, a diretora clínica do HBD, Elisa Gomes, reconheceu a falta de capacidade para atender a demanda e aponta o problema dos deficientes hospitais localizados nas periferias da cidade de Luanda.
– Temos tido nos últimos dias uma afluência em massa de crianças. Sabemos bem o que se passa na rede periférica. Em média observamos 500 crianças por dia e internamos mais de 100. O que os utentes nos dizem é que já foram a vários hospitais e não encontraram médicos – declarou.
Ainda segundo a publicação, já não há espaço na morgue para acomodar o elevado número de crianças que estão a morrer de hora a hora no banco de urgência do HDB.

A situação provocou comoção nas redes sociais, a partir de publicações partilhadas por médicos e organizações civis com apelos à solidariedade das pessoas para recolher medicamentos e material.
Segundo uma reportagem da TPA, os pais e encarregados denunciam também a falta de sangue na seção de hemoterapia da unidade e a falta de leitos para atender a demanda de pacientes. A reportagem também conversou com médicos, que revelaram que destacaram a falta de energia elétrica como elemento que também está a causar transtornos aos funcionários e pacientes.
O Ministério da Saúde anunciou que já foram tomadas medidas para minimizar a crise nos hospitais públicos angolanos.
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