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“Stonehenge brasileiro” existe e fica no Amapá

stonehenge brasileiro

Achado arqueológico pode estar em risco e é preciso proteção do Brasil. Imagem: Iphan

O portal Aventuras na História trouxe a tona um dos maiores e mais desconhecidos tesouros arqueológicos brasileiros: um observatório indígena com 127 monólitos em plena Amazônia. Conhecido como Stonehenge brasileiro — em referência ao famoso Stonehenge, na Inglaterra — o monumento teria sido erguido há mais de 2000 anos e pode se tornar foco do turismo na região.

Sítio arqueológico em Calçoense, no Amapá. Imagem: Iphan

 

A obra, com pedras de mais de 2 metros de altura dispostas num raio de 30 metros, fica no estado do Amapá, no Norte do Brasil, mais especificamente no Parque Arqueológico do Solstício. Oficialmente, é chamado de Observatório Astronômico de Calçoene. Atualmente, pesquisadores lutam para manter o sítio arqueológico vivo, diante de descaso público, depredação e furtos de peças para posterior revenda.

Funções do Stonehenge brasileiro

A disposição das pedras é feita para que, no solstício de inverno do hemisfério norte, as pedras apontem para os principais astros do céu amazônico e o sol, ao meio-dia, fique na posição exata do centro da obra. É uma das construções indígenas mais antigas e complexas que se conhece e era utilizada para acompanhar períodos de chuva, mudanças de clima e épocas de colheitas. Especialistas também dizem que pode ter tido funções funerárias e ritualísticas.

 

Os monólitos foram achados pelo zoólogo suíço Emílio Goeldi, no século XIX. Não se sabe ainda exatamente qual tribo indígena montou o observatório, o que motiva intensa pesquisa. O que se sabe é que foram encontradas cerâmicas enterradas que seriam do período Aristé ou Cunani, o que reforça teorias de que os construtores da obra eram mesmo da região da Bacia do Rio Amazonas.

 

Veja reportagem da BBC Brasil sobre o monumento:

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