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Tribo desenvolve game sobre a própria cultura

Os índios Huni Kuin, do Acre, no Brasil, organizaram um grupo de profissionais para criar um videogame que mostra de forma lúdica a sua história e cultura. Os especialistas são  programadores, artistas e antropólogos vinculados à Universidade de São Paulo (USP).

Equipe Beya Xinã Bena, em 2014. (Imagem: Reprodução HuniKuin)

 

Com o game de nome Huni Kuin: os caminhos da jibóia, o coletivo Beya Xinã Bena decidiu investir na aposta de popularizar a cultura. Para eles, que também são chamados de Kaxinawá, este meio de comunicação dos dias atuais – o videogame – seria uma forma inclusiva de propiciar o contato de pessoas geograficamente distantes com os cantos, grafismos, histórias, mitos e rituais deste povo.

 

O jogo

O jogo é inspirado na cultura da parte brasileira da tribo. No Acre, a tribo possuía 10818 pessoas em 2014, segundo a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), enquanto no Peru, segundo o Instituto Nacional de Estadística e Informatica (INEI), eram 2419. As duas partes da tribo foram separadas no início do século XX depois de uma rebelião contra um seringueiro da região Amazônica. Uma parte migrou para uma parte superior do rio enquanto outra se manteve onde estava. Ainda hoje há diferenças culturais entre as duas.

 

Dividido em cinco fases, cada uma delas versa sobre uma história antiga da tribo: Yube Nawa Aibu – a jiboia encantada; Siriani; Shumani; Kui Dubi Tenene e Huã Karu Yuxibu. A cada história, um pouco mais de cultura indígena. Durante o jogo, algumas informações vão sendo passadas e é possível conhecer personagens míticos. Mas todas as histórias são explicadas em detalhes em vídeos mais longos – no site do projeto -, por membros da própria aldeia.

 

Quanto ao jogo, é possível fazer download gratuito e tem versões para Linux, Windows e Mac. Veja abaixo uma demonstração da dinâmica do jogo e aproveite!

 

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