EconomiaTimor-Leste

Fronteiras marítimas continuam a balançar as relações entre Timor-Leste e Austrália

Leya

 

As relações entre Austrália e Timor-Leste têm vivido tempos conturbados, em causa está o reconhecimento das fronteiras marítimas permanentes entre os dois países. A disputa pelas riquezas existentes e o impasse decorrente têm impedido a exploração de reservas estimadas em 5.1 triliões de pés cúbicos de gás.  O governo timorense questionou a legalidade do tratado agora em vigor, considerando-o desvantajoso e que fora assinado num clima espionagem levado a cabo pela Austrália, que culminou num processo arbitragem.

 

Díli deixou claro o que deseja e que será realidade se a lei do mar de Timor for aplicada: maior parte dos recursos identificados na região ficam em águas timorenses, não devendo por isso ser partilhados com Camberra.  Xanana Gusmão tem sido o rosto da negociação, que promete ser histórica para o povo timorense.  Mas tudo indica que este dia histórico ainda tarda, porque Austrália continua resistente e firme na sua posição em não rever o acordo, alegando que tem cumprido as obrigações internacionais. Esta posição foi esclarecida numa carta de resposta ao pedido do governo timorense em mais uma tentativa infrutífera de iniciar as negociações.

 

Durante uma sessão solene de boas vindas, os deputados timorenses apelaram hoje ao governador-geral australiano, Peter Cosgrove, que está de visita ao país, para interceder junto do Executivo em Camberra para que a Austrália aceite, “com justiça e respeitando a lei internacional”, negociar as fronteiras marítimas com Timor-Leste, segundo a Agência Lusa.

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