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Países africanos protegem elefantes usando mel

É um projecto surpreendente: o Elephants and Bees Project (Projecto Elefantes e Abelhas) incentiva a construção de cercas orgânicas para impedir que elefantes destruam as lavouras de famílias que dependem do campo para viver. Em vez de cercas eléctricas, as colmeias de abelhas afastam os paquidermes dessas regiões, diminuindo os encontros violentos entre o homem e o elefante.

(Imagem: Divulgação Elephants and Bees Project)
(Imagem: Divulgação Elephants and Bees Project)

A iniciativa engloba Moçambique, no Quénia, Botswana, Tanzania, Uganda e Sri Lanka (o único representante da Ásia) e conta com apoio da Disney e da Universidade de Oxford, mas depende de doações para manter e ampliar as suas actividades.

Moçambique destaca-se neste conjunto de países, pela luta incessante que tem vindo a travar contra o abate indiscriminado dos elefantes em todo o território nacional. Pode-se dizer que praticamente já não existem elefantes em Moçambique, pois os caçadores furtivos dizimaram a espécie nos principais parques.

(Imagem: Divulgação Elephants and Bees Project)
(Imagem: Divulgação Elephants and Bees Project)

Essa situação levou fez que o Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural em 2015 tivesse destruído vários cornos de rinoceronte e elefantes contrabandeados. As autoridades queimaram mais de duas toneladas de marfim e 86 chifres de rinoceronte, com 193 quilos, apreendidas em várias partes do país.

 

A acção faz parte de uma das medidas do governo moçambicano que está determinado em combater a caça furtiva. Foi Celso Correia, Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, quem ateou o fogo que incinerou a pilha de marfim.

 

É sabido em Moçambique que grande parte dos cornos de rinoceronte e marfim é levado para mercados Asiáticos, com destaque para a China como um dos maiores consumidores desses produtos.

 

Leya