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A livraria que se transformou na “embaixada da lusofonia”

Chama-se “Livraria Camões” e está localizada a cerca de 500 metros da estação de trens de Genebra. A frase em francês “La culture portugaise à portée de main” (“A cultura portuguesa ao alcance da mão”), colada no vidro, convida os pedestres a conhecer esse universo misterioso para a maioria dos suíços. “Galveias”, de José Luís Peixoto, “Serpentina”, de Mário Zambujal ou “Os velhos também querem viver”, do escritor angolano Gonçalo M. Tavares são alguns dos títulos exibidos na vitrine.

Há mais de duas décadas uma pequena livraria de Genebra é a única a oferecer na Suíça sucessos e clássicos da literatura lusófona. Ela é a concretização do sonho do emigrante português Antônio Pinheiro, de 60 anos, que chegou a ser considerado louco ao abandonar um emprego lucrativo para concretizar uma paixão.

Fundada em 1992, as primeiras obras no sortimento eram romances e os clássicos da literatura lusófona como Jorge Amado, Mia Couto e Fernando Pessoa. Os primeiros clientes eram todos suíços:

– O intelectual suíço sempre conheceu a literatura portuguesa. Quando abri a livraria, a maioria dos clientes eram suíços que vinham comprar a literatura portuguesa – explicou Pinheiro em entrevista ao portal swissinfo.

Aos poucos a livraria ganhou expressão não só entre os apreciadores da literatura lusófona e entre os imigrantes residentes em Genebra, mas também entre os maiores nomes da literatura em língua portuguesa, recebendo visitas ilustres como Mia Couto e o Prêmio Nobel de Literatura José Saramago.

(Imagem: Reprodução swissinfo.ch)
(Imagem: Reprodução swissinfo.ch)

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