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Conheça o livro que o regime angolano tanto teme que proibiu e levou à prisão de 15 ativistas que o liam

Ferramentas para destruir o ditador e evitar nova ditadura — Filosofia Política da Libertação para Angola” é o título do livro da autoria do jornalista Domingos da Cruz, que adapta à realidade angolana um outro livro, do escritor norte-americano Gene Sharp, intitulado “Da Ditadura Para a Democracia”.

 

Quer o livro original, que a sua adaptação, são referidos inúmeras vezes no processo judicial movido pelo Ministério Público angolano aos 17 ativistas. Nos autos as autoridades apontam mesmo o dedo ao livro como sendo uma das causas  inspiradoras dos movimentos de libertação que eclodiram no Médio Oriente e em África,  e que ficaram conhecidos como “Primavera Árabe”.

 

O livro de Gene Sharp foi escrito em 1993, quando o pensamento do autor se centrava na forma como a Birmânia (agora Myanmar) poderia acabar com a ditadura que ensombrava o país. Gen Sharp, ao ter conhecimento do caso dos jovens ativistas angolanos, deu permissão para que o seu livro fosse publicado em português e abdicou dos direitos sobre o mesmo, requerendo que revertessem a favor das famílias dos jovens.

 

A adaptação de Domingos da Cruz nunca foi editada, nem publicada, mas o jornal português O Observador teve acesso à obra, compilou-a e deu-a a conhecer ao mundo.

 

O João de Almeida Dias, o jornalista que resumiu o livro, descreve-o da seguinte forma “Pragmático nalgumas partes, ingénuo noutras, este livro é acima de tudo um documento de trabalho — uma espécie de rascunho em estado avançado. Como tal, fizemos uma seleção alargada das suas passagens mais importantes. Por respeito ao autor, transcrevemos as passagens ao abrigo do antigo ortográfico, por ter sido essa a opção de Domingos da Cruz”.

 

Para ter acesso à obra proibida em Angola clique na imagem em baixo.

(Imagem: Reprodução Por Dentro da África)
(Imagem: Reprodução Por Dentro da África)

Leia também:

>>> Conheça na íntegra o processo judicial e as acusações das autoridades angolanas aos jovens ativistas

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