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Crioulo português de Malaca luta para resistir à extinção

O crioulo português de Malaca, na Malásia, luta por sobreviver e os seus falantes tentam preservar através de aulas e contatos culturais, um idioma que só é falado em pleno por cerca de 100 pessoas.

 

Em entrevista à Agência Lusa, o chefe da comunidade, Raymond Lopez, reconhece que a língua é falada “talvez por cerca de dez por cento” das pessoas, sobretudo pescadores, numa comunidade com perto de mil elementos.

 

Apesar de os lusodescendentes em Malaca tentarem manter as suas tradições e de até considerarem o idioma “interessante”, o líder do grupo reconhece que o crioulo está em perigo de extinção. A língua da comunidade, que mistura português antigo com palavras malaias, era conhecida como “papiá kristang” (falar cristão, no idioma da comunidade), mas agora os seus defensores querem distanciar-se da palavra “kristang” por ser limitadora.

 

Numa zona onde o inglês é a língua predominante, resultado dos tempos da colonização britânica, que durou até aos anos 1940, e num país onde o idioma oficial é o malaio, os casamentos dos descendentes de portugueses com pessoas de outras culturas também não ajudam a manter um crioulo que não é encarado como importante.

 

 

Leya

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