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Mais de 5 mil empresas portuguesas dependem integralmente das exportações para Angola para funcionarem

(Imagem: Reprodução MarketingSociety)

Aproximadamente 5000 empresas portuguesas exportam os seus produtos para Angola e mais de metade destas não comercializa para mais nenhum mercado externo. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), solicitados pelo PÚBLICO, no ano de 2014 cerca de 5256 empresas exportaram exclusivamente para Angola a 100% para vendarem os seus produtos avaliados num total de 1234 milhões de euros, 41% do montante total arrecadado através das exportações para o mercado angolano.

Um valor, considerável, para uma altura em que as importações angolanas de produtos portugueses estão a sofrer uma quebra dado a crise económica que afeta o país causada, em maioria, pelo baixo preço do petróleo e pelas dificuldades de pagamentos nos empréstimos para a realização de negócios.

Cerca de 312 pedidos chegaram duas semanas após o lançamento da linha de apoio financeiro, cedido pelo Governo para aliviar a bolsa das empresas que operam em Angola, sendo o valor total de todos os pedidos de financiamento de 121 milhões de euros (20% do total disponível).

O valor das exportações portuguesas para Angola caiu no primeiro trimestre do ano face ao período semelhante do ano de 2014, enquanto, no mesmo período países como a China e a Coreia do Sul ultrapassaram Portugal como maiores fornecedores externos.

A economista Paula Carvalho do BPI, destaca que os preços do petróleo estão em recuperação embora possa demorar algum tempo até atingirem patamares verificados em anos anteriores, tal como “o movimento de diversificação da atividade económica (para atividades não relacionadas com o petróleo) em Angola deverá continuar, significando que o futuro e as perspetivas do país continuam positivos”.

Esta segunda-feira, o ministro da Economia, António Pires de Lima, vai assinar um memorando de entendimento com o seu homólogo angolano, Abraão Gourgel, em Luanda, para lançar um observatório de investimento entre Portugal e Angola. Segundo o ministro, em entrevista ao PÚBLICO, a ideia “é dar visibilidade aos vários projetos de investimento que existem”.

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