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Brasileiros fazem panelaços durante pronunciamento da presidente Dilma

(Imagem: Reprodução O Tempo)

Ao mesmo tempo em que a presidente Dilma Rousseff fazia seu pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, na noite deste domingo, moradores de diversas cidades realizaram simultaneamente um panelaço em protesto ao seu discurso.

A presidente falou por 15 minutos à população brasileira na noite deste domingo. A manifestação aconteceu em momento de crise política, apenas dois dias depois da revelação de uma lista de 50 políticos, sendo 48 deles de partidos aliados do governo, que serão investigados por suposto recebimento de propina do esquema que desviava dinheiro da Petrobras

Em bairros de cidades como São Paulo,  Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e cidades do Nordeste, as pessoas não só batiam panelas como gritavam palavras de baixo calão contra a presidente. Muitos internautas postaram vídeos em seus canais de relacionamento e em redes sociais.

Durante todo o fim de semana, grupos contrários ao governo combinaram o panelaço em mensagens no aplicativo Whatsapp. O texto de mobilização dizia: “Vamos todos para as janelas e vaiar muito. Também vale disparar alarmes de casas e carros! Passe adiante”.

No discurso, gravado na última quinta-feira, Dilma manteve o foco em explicar o ajuste fiscal que adotou para equilibrar as contas do país — aumento de impostos, gasolina e energia elétrica, revisão de benefícios trabalhistas e cortes orçamentários. Ela também destacou o Dia Internacional da Mulher, celebrado sempre no dia 8 de março. Para marcar a data, ela anunciou que sanciona nesta segunda-feira a lei que tipifica o feminicídio como crime hediondo, em casos de violência doméstica e crimes de gênero.

Sobre a crise ética que atinge o governo e o Congresso, com o caso de corrupção na Petrobras, falou brevemente no final do pronunciamento.

Em duas frases, a presidente disse que irá “aplicar duramente a mão da Justiça contra os corruptos. É isso que vem ocorrendo nos episódios lamentáveis na Petrobras“.

Assim que começou o discurso da presidente, o primeiro de Dilma Roussef à nação em 2015, os primeiros barulhos foram ouvidos. Segundo o jornal O Globo, manifestantes aproveitaram para incentivar a manifestação pró-impeachment, programada para o próximo domingo. Nas redes sociais, internautas comparavam o próximo dia 15 ao de 29 de maio de 1992, quando jovens foram às ruas de cara-pintadas pedir a saído do então presidente Fernando Collor do governo.

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