O calendário mais famoso do mundo está de volta, num formato completamente remodelado, que convenhamos, faz muito mais sentido na sociedade de hoje.

Depois de anos a fio (desde 1964, é só fazer as contas…) a ver calendários Pirelli em camiões e oficinas de automóveis, sempre com a mesma fórmula de sucesso, algumas das mulheres mais bonitas do mundo em poses sensuais para agradar, sobretudo, ao público masculino, em 2015, e porque já estamos em 2015, a marca de pneus (e outros produtos derivados da borracha) decidiu inovar e fazer um calendário que celebra as mulheres.

Todas elas. As mulheres do dia-a-dia- com toda a sua simplicidade e diversidade. Um calendário que iconiza e não objetifica. Parabéns Pirelli mesmo 51 anos depois (sim, fizemos as contas), nunca é tarde para se fazer a coisa certa.

Estamos a ser injustos, em anos recentes a marca já tinha feito um esforço para mudar a imagem junto do público e a mensagem que o calendário passa. Desde 1998 que homens surgem em fotografias, nomes como BB King, Bono Vox ou Ewan Mcgregor já deram a cara pela publicação, mas agora sim, finalmente deu o salto transformativo sem retorno (esperamos nós).

Este ano também há super modelos, mas o destaque vai para fotografias de celebridades como Yao Chen, Amy Schumer, Shirin Neshat, Yoko Ono, Patti Smith, Mellody Hobson, Kathleen Kennedy, Ava Du Vernay, Fran Lebowitz, Natalia Vodanova (a única modelo profissional), Serena Williams, Agnes Gund e Tavi Gevinson, com mais ou menos roupa, mas em poses em que se sentem confortáveis, em controlo, a pousar para a lente de Annie Leibovitz que apresenta o resultado final sem photoshop, retoques ou quaisquer produções fotográficas. Cru. Real. As mulheres a gostarem de si mesmas e a Pirelli a celebrar isso. De louvar.