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Albinos vendidos por até US$ 75 mil para uso em rituais em África

Leya

 

Um relatório publicado esta terça-feira (22 de março) nas Nações Unidas indica que surgiu um “mercado lucrativo e macabro das partes do corpo de pessoas com albinismo vendidas para o uso em rituais de feitiçaria, poções ou amuletos”.

 

Segundo o primeiro estudo da relatora sobre os direitos humanos das pessoas com albinismo, os atos variam de bullying nas escolas a manifestações mais extremas como homicídios, ameaças e ataques físicos. As vítimas são “caçadas para rituais de feitiçaria, partes dos seus corpos mutiladas com facões e até mesmo os seus túmulos profanados”.

 

Segundo dados divulgados pela Rádio ONU, o documento revela que os preços cobrados variam entre US$ 2 mil por um membro e US$ 75 mil para o que o documento chama de “conjunto completo” ou cadáver. O relatório cita milhares de pessoas com albinismo que sofrem estigma e discriminação no mundo, cujas violações são atendidas de forma passiva e indiferente.

 

Ikponwosa Ero revela que a maioria dos casos foi reportada em nações africanas no relatório que menciona Moçambique. Pelo menos 40 pessoas foram atacadas em sete países desde que a perita iniciou o seu mandato no ano passado.

 

Ela declarou que o número é apenas uma fração do total, porque a maioria dos casos ocorre em rituais secretos em áreas rurais que nunca são reportados. Alguns envolvem os próprios familiares das vítimas como cúmplices.

 

O estudo revela que uma grande parte dos alvos é composta por crianças por se acreditar que “quanto mais inocente for a vítima mais potentes serão as partes do corpo” para as preparações.

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