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É mais perigoso ser jornalista no Brasil do que em países em guerra

Leya

 

O Brasil ganhou um triste lugar de destaque no ranking das nações mais perigosas do mundo para o exercício do jornalismo em 2015. Perdeu, inclusive, para países em guerra, que se apresentaram em situações melhores. E não é para menos: três profissionais da comunicação foram assassinados em apenas 11 dias. Organizações internacionais de monitoramento da atividade jornalística batizaram a sequência de mortes como o novembro negro no país.

 

Os dados estão no Relatório ABERT sobre Liberdade de Imprensa – 2015. De acordo com o relatório, os números em 2015 são ainda mais assustadores: no total, foram 8 mortes e 64 agressões. Somados os casos de ameaças, intimidações, vandalismo e ataques, foram 116 registros de violações à liberdade de expressão.

(Imagem: Reprodução Relatório Anual ABERT)
(Imagem: Reprodução Relatório Anual ABERT)

– Foi um ano cruel para o jornalismo brasileiro. Está ocorrendo uma inversão de valores, onde o profissional da imprensa devidamente identificado tem se tornado alvo das agressões, seja pelos próprios manifestantes ou, ainda mais grave, pelos policiais que têm a obrigação constitucional de garantir a segurança desses profissionais – declarou Daniel Slaviero, em entrevista coletiva à imprensa.

 

A frequência e o aumento da violência contra jornalistas preocupam a instituição, que considera inaceitável que profissionais sejam impedidos de atuar na cobertura de fatos de interesse da sociedade.

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