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III Fórum da UE-CPLP: A comunidade deve promover um diálogo geracional

Leya

 

As nove economias dos países da CPLP valem quase cerca de 2,7 biliões de euros, uma potencialidade ainda incipiente, mas que vem ganhando protagonismo a passos largos. No quadro do III Fórum dos Exportadores da CPLP, decorrido em Beja, a Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, Teresa Ribeiro, deixou patente a necessidade urgente de fortalecer a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como uma “plataforma fundamental” no actual mundo globalizado.

 

Mário Costa, presidente da União de Exportadores da CPLP, é outro defensor de que o bloco lusófono tem alicerces para se transformar numa potência mundial, e fez um balanço “muito positivo”, mostrando-se muito satisfeito com o facto do Fórum ter tido uma boa e crescente afluência de empresários. Mário Simões, Presidente do Núcleo do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral da União de Exportadores da CPLP, também subscreve e realça a inclusão e representatividade da região. Num salto qualitativo, o evento mostrou outra dimensão organizacional, com a realização de reuniões B2B e uma forte participação da Extremadura espanhola.

 

A juventude também esteve presente, consciente do papel crucial nesse desenvolvimento, e recusa-se ser um agente passivo. Os jovens da CPLP querem participar, contribuir e construir uma verdadeira comunidade inclusiva, integrada nos mesmos princípios e valores.

(Imagem: Divulgação UE-CPLP)
(Imagem: Divulgação UE-CPLP)

Numa parceria entre a União de Exportadores da CPLP, o Nguzu Project e a Conexão Lusófona, com o apoio da Confederação Empresarial da CPLP e do Sporting Clube de Braga, foi organizada uma ação que levou ao evento em Beja mais de 50 jovens lusófonos residentes em Portugal com interesse no desenvolvimento económico-social dos países de língua portuguesa. Durante um dia inteiro, os jovens integraram grupos de trabalhos nos quais foram abordados em profundidade quatro eixos chave da comunidade que completa agora 20 anos desde a sua fundação:

 

– Educação e mobilidade de estudantes;

– Inovação e competitividade;

– Língua Portuguesa e culturas lusófonas;

– Redes de empreendedorismo na CPLP.

(Imagem: Divulgação UE-CPLP)
(Imagem: Divulgação UE-CPLP)

Durante a apresentação dos resultados, na finalização do evento, as recomendações elaboradas pelos jovens participantes convergiram numa questão base: a necessidade de existir na Comunidade uma livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais entre os Estados-membros da CPLP. Um constrangimento que está não só a dificultar a actividade empresarial, mas também a impor barreiras à nova geração de cidadãos lusófonos que aproveitaram a ocasião para reflectir sobre a situação. Em entrevista à DW em Português, a presidente da Conexão Lusófona, Laura Vidal, sublinha a necessidade de “um diálogo geracional muito importante para assegurar a continuidade deste projecto”, alertando para a importância de que a CPLP tente chegar aos jovens que vivem nestes países, dado que a maioria da população da Comunidade tem menos de 35 anos.

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