Sempre fui completamente apaixonada por esta faculdade magnífica que é a linguagem. Mais fascinada ainda sou pela diversidade linguística partilhada pela humanidade.

No início do passado mês de Junho, estreei-me no continente Africano. Luanda foi o destino. Felizmente, tive a oportunidade de conhecer um pouco das duas realidades

Ela é a mentora do espaço online Mural Sonoro que é o resultado do seu interesse pelo estudo das práticas musicais em contexto migratório na cidade de Lisboa.

A música é um elo que nos une. Nossa diversidade cultural se traduz na multiplicidade e variedade de gêneros e ritmos musicais neste universo lusófono.

Sinceramente, não compreendo o espanto. A meu ver, Angola e Moçambique enquanto nações soberanas, estão no pleno direito de ratificar ou não se assim o entenderem.

Mas afinal o que é essa história de Lusofonia? É o facto de falarmos português, é? Todo aquele que fala português é lusófono, é isso?

De 5 a 12 de Maio a cidade de Lisboa fará um périplo pela cultura dos países de língua portuguesa com várias iniciativas promovidas pela Conexão Lusófona.

Será a Lusofonia passado e só é presente nos países onde Português é língua oficial? Pessoalmente, não sou adepto desta visão introspectiva e retrospectiva da Lusofonia, de tomar a parte pelo todo.

A Lusofonia será ou não sustentável dependendo do nosso contributo diário, da nossa energia consciente em torno desta identidade comum.

Numa conversa aberta e descontraída, Malangatana fala da sua história de vida e da relação entre o Brasil e Moçambique: “o ritmo e a música, por si só, têm esse poder de harmonizar tudo e todos”.