Naquela que é a primeira visita a Angola desde que tomou posse, o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, visitou de 8 a 11 de Novembro a República Popular de Angola com o objectivo não só de consolidar os laços fraternos que unem os dois países da África Austral, dos quais Angola celebra o quadragésimo aniversário da sua independência  no dia 11 de novembro, mas  também perspectivar metas comuns numa fase em que ambos os Estados iniciam um novo período do seu desenvolvimento.

Apesar dos 40 anos de independência, a visita surge num clima de instabilidade económica e crise de liberdade de expressão mediatizado pelo caso da prisão dos 15 activistas angolanos, que vão a julgamento no dia 16 de novembro.

Integraram na visita de Nyusi os Ministros de  Negócios Estrangeiros, do Interior, dos Recursos Minerais e  Energia, dos Transportes e Comunicações, bem como empresários de ramos diversos. Os dois Presidentes intervieram no decurso da abertura formal das conversações oficiais entre delegações ministeriais de  Angola e Moçambique.

O presidente Nyusi discursou igualmente diante da Assembleia Nacional angolana, participou num fórum económico empresarial Angola/Moçambique, visitou membros da comunidade moçambicana residente em Luanda, assim como visitou a Refinaria de Luanda e a Base da Sonils, do grupo petrolífero angolano Sonangol.

O Chefe de Estado de Moçambique prestou também homenagem a António Agostinho Neto, primeiro Presidente da República de Angola e foi um dos convidados ao acto central das celebrações dos 40 anos da Independência do país anfitrião, na quarta-feira dia 11 de novembro.

A visita de Filipe Nyusi à Angola foi antecedida de um pedido feito pelo Parlamento Juvenil de Moçambique para que levasse uma mensagem ao seu homólogo Angolano em prol da libertação dos jovens activistas presos com acusação de preparação de um golpe de Estado.