Saúde

Jovens brasileiras inventam ‘bafômetro’ que identifica múltiplas doenças

Imagine um aparelho que facilite a detecção de doenças pelo sopro — como diabete, pneumonia e gastrite. Sem dor, prático e rápido — com resultados em cinco minutos — esse aparelho existe, resultado de uma pesquisa científica de duas jovens da Bahia, no Brasil. A iniciativa pode revolucionar o processo de triagem em hospitais, reduzindo tempo de espera, erros e recursos gastos.

 

As estudantes Júlia Nascimento, da área de Biotecnologia, e Nathália Nascimento, da área de Ciências da Computação, desenvolveram na faculdade a ideia de aplicar inteligência artificial no campo da Saúde. Foram então à uma maratona hacker no Rio de Janeiro e conheceram o estudante Rheyller Vargas, que também é pesquisador. A equipe montou uma Start-up, analisou as potencialidades do dispositivo, criou um banco de dados e descobriu que a ideia inicial — que era detectar gastrite pelo sopro — poderia ser ampliada. E foi.

Como funciona isso?

O aparelho – OrientaMed – não precisa de refrigeração nem de produtos químicos para a detecção de doenças pelo sopro e identifica 15 doenças infecciosas e crônicas. Entre elas a gastrite, intolerância à lactose, pneumonia, Doença de Crohn e diabete. Os estudantes buscam parcerias com hospitais e financiamentos para ampliar a pesquisa. Eles acreditam que será possível até mesmo identificar alguns tipos de câncer.

Em entrevista ao G1 da Bahia, a estudante Júlia explica que o aparelho funciona a partir da análise dos gases expelidos pelo sopro, como uma espécie de “bafômetro”. “Muitas doenças deixam uma marca biológica, principalmente através das bactérias, com as doenças infecciosas. Algumas dessas doenças deixam a marca no corpo, que faz com que as pessoas exalem alguns tipos de gases diferentes, específicos. É com base nesse gás que a gente faz a análise”, afirma. “Hoje, os resultados só saem via computador, mas a nossa expectativa de pesquisas é para que o próprio dispositivo mostre no display“.

 

Por ser um dispositivo leve, prático e de fácil manuseio, a expectativa dos estudantes é que o aparelho ajuda na identificação de doenças e infecções em locais isolados. Alguns exemplos são a região Amazônica, as áreas agrestes do Nordeste ou tribos indígenas, que sofrem com a falta de médicos. Em seguida, pode ser um aparelho a utilizar em todo o mundo.

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