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Países africanos de língua portuguesa continuam longe dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio na área da saúde

(Imagem: Reprodução lifestyle)

Dos países africanos de língua portuguesa, Angola e Guiné-Bissau continuam longe dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) na saúde. Reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna e combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças, são alguns dos objetivos que deveriam ser alcançados ainda este ano.

Angola tem um plano regional de desenvolvimento sanitário que está a ser efetuado e tem estado a investir em infraestruturas e no aumento do número de profissionais. A situação apresentou melhorias, porém está longe de atingir as metas estabelecidas. Ainda existe uma elevada escassez de acessibilidade da maior parte da população aos cuidados de saúde.

Muitas regiões do país não têm cobertura médica suficiente para os habitantes, e este caso não se reflete apenas nas zonas rurais revela-se também na capital.

Só há 4 mil médicos para 24 milhões de habitantes, e isso é algo que e muito influência negativamente o desenvolvimento nesta área.

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Hospital em Luanda (Imagem: portalangop)

Os níveis de mortalidade infantil e materna têm diminuído, mas continuam a ser dos mais elevados a nível mundial. Morrem cerca de 150 crianças em cada mil antes de atingirem os cinco anos de idade, e a esperança de vida à nascença é de 52 anos. As taxas de malária e de VIH/SIDA também continua a ser muito elevada e a ser a principal causa de morte.

Angola é um país rico em petróleo e diamantes, mas o Índice de Desenvolvimento Humano é muito baixo (0,526pts em 2013, 149º no ranking mundial) e grande parte da população vive em situação de pobreza.

A Guiné-Bissau é o país onde a situação é a mais grave (0,366pts em 2013, 176º no ranking mundial): chega a faltar água e eletricidade nos hospitais.

A instabilidade política e social foi um dos fatores que contribuiu para o aumento dos problemas de desenvolvimento e para as graves falhas no sistema de saúde ainda persistem.

Mais de metade da população (65%) não tem acesso a cuidados de saúde próximos do local de residência, e têm, muitas vezes, de se descolar à capital acabando por morrer.

Nas instalações existentes há falta de equipamentos nos hospitais e de recursos humanos qualificados. A maioria da população, tal como em Angola, também têm dificuldades em aceder aos cuidados médicos.

O país tem 1.7 milhões de habitantes e 70% da população vive em zonas rurais onde o acesso à saúde é ainda muito limitado. As taxas de mortalidade infantil e materna atingiram números preocupantes. A esperança média de vida é de 48 anos. O VIH/SIDA continua a aumentar, e a malária e a tuberculose estão entre as grandes causas de morte no país.

Em 187 países a Guiné-Bissau ocupa o 117º lugar em termos de Índice de Desenvolvimento Humano, 33% da população é considerada pobre, e muitas vezes a vivem em situações em que recebem menos de um dólar por dia.

Em relação aos restantes países lusófonos: o Brasil atingiu todos os objetivos definidos pelo Milénio e Moçambique, Cabo Verde e Timor-Leste estão muito perto de os alcançar.

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