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Portugal e Brasil cooperam pelo ensino da língua portuguesa na Guiné Equatorial

A proposta de cooperação surgiu do ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, no fim de um encontro realizado em Lisboa a pedido das autoridades equato-guineenses.

 

Na ocasião, Portugal propôs unir esforços com Brasil e Guiné Equatorial para promover a integração do português no ensino, cumprindo dessa forma “a condição básica de pertença à comunidade da língua portuguesa” (CPLP).

 

Uma das condições para a adesão da Guiné Equatorial à CPLP, em julho de 2014, durante a cimeira de Díli, foi a adopção do português como língua oficial, o que até a presente data só aconteceu formalmente.

 

Um ano depois da adesão da Guiné Equatorial à CPLP, a Conexão Lusófona fez um balanço e desvendou que nada mudou nesse período.

 

A sua entrada no seio da lusofonia foi tudo menos pacífica e gerou tanto, mas tanto desconforto que, bastante tempo depois, ainda se discutia sobre quem teria tido a culpa da mesma, e sobre quem teriam sido os impulsionadores de todo o processo.

 

Nenhum destes três requisitos “obrigatórios” está sequer em vias de ser atingido:

 

– O português passou a ser a terceira língua oficial do país, juntamente com o espanhol e francês, mas nenhuma outra iniciativa foi tomada para que começasse a ser lecionado.

 

– A pena de morte mantém-se. Contrariamente ao que tinha sido acordado, esta nunca foi oficialmente abolida. O Presidente Obiang limitou-se a decretar uma moratória quanto às execuções em marcha à data da adesão à CPLP.

 

– Continua a não ser legal fazer oposição ao PDGE (Partido Democrático da Guiné Equatorial), há censura oficial, não há liberdade de associação, e existem presos e exilados políticos, segundo organizações humanitárias como a Humans Right Watch e a Amnistia Internacional.

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